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A luta e a escola

  • Ana Clara Gonçalves e Ana Clara Scherer
  • 20 de mai. de 2015
  • 2 min de leitura

A luta é uma prática corporal que tem como objetivo imobilizar, desequilibrar ou atingir o oponente, através de técnicas. Essa pratica corporal é geralmente realizada entre duas pessoas, mas também existem modalidades em que a luta é realizada por mais pessoas.

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Não se pode dizer exatamente onde foi criada a primeira modalidade de luta, mas os registros mais antigos são de quase cinco mil anos atrás, onde historiadores registram lutas de agarrar na Grécia, Roma, China e Egito.

Algumas lutas têm como origem conotações filosóficas, outras eram praticadas como moeda de troca. Hoje, as principais finalidades são a perda de peso, a defesa pessoal e a participação em competições profissionais e amadoras.

Para as crianças, a mídia cultural tem uma grande influência em sua concepção de luta, através dos diversos filmes infantis que a levam como tema central.

“Não é raro atribuir-se aos lutadores poderes excepcionais ou confundi-los com indivíduos agressivos e violentos. (...) O cinema contribuiu para isso com a alusão a golpes mortais, quase mágicos, e ao envolvimento das lutas com doses variáveis de misticismo.” (NEIRA, Marcos. 2014)

Nas escolas a luta pode ser tematizada de algumas formas como, por exemplo, através do desenvolvimento de projetos juntamente com outras disciplinas, principalmente história, ou até mesmo com a luta como principal objeto de estudo.

Entretanto é função do mediador desconstruir algumas concepções preconceituosas que as pessoas possuem sobre essa prática corporal. Além de afastar essas visões, é preciso entender significados históricos, culturais e contextuais, podendo assim criar espaços para as crianças poderem experimentar diferentes técnicas, sem nenhum tipo de preconceito.

"A multiplicidade de olhares não só permitirá descobrir outras dimensões, como também revelará novas formas de as crianças verem as práticas corporais que empregam técnicas de agarre, imobilização e atingimento." (NEIRA, Marcos. 2014)"

Um bom exercício dessa multiplicidade de olhares é o professor, juntamente com as crianças, confrontar o que é mostrado em filmes, fotografias, e reportagens, com aquilo que foi apresentado e discutido durante as aulas.

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É perceptível que algumas dessas práticas são mais conhecidas nas escolas (capoeira e tae-kwon-do), porém nenhuma luta é melhor ou pior que outras, mas cada uma é vista de forma positiva ou negativa de acordo com as representações.

"É simplesmente impossível hierarquiza-las ou qualificá-las. Cada qual, enquanto artefato cultural, transporta os signos que representam o grupo social que a criou e todos aqueles que dela possam ter se apropriado." (NEIRA, Marcos. 2014)"


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Referências bibliográficas

NEIRA, M. G. “Lutas na escola”, “Orientações Didáticas” e “Relato de Experiência”. In: Práticas corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas. São Paulo: Melhoramentos, 2014. p. 100-120.

NEIRA, M. G. Lutas. In: Práticas corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas. São Paulo: Melhoramentos, 2014. p. 89-99.


 
 
 

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