top of page
Buscar

As danças dentro das escolas

  • Julyana Teixeira
  • 5 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura

AADANCE2.jpg

Quando pensamos em danças como um prática corporal que está diretamente relacionada com as questões sociais e culturais, um ponto que deve ser levado em consideração para entendermos parte de sua dinâmica é a importância do espaço onde ela é revelada, apresentada.

A relação existente entre o espaço e as danças é um ponto de partida para entender a aproximação das pessoas com esta arte. Antes, preferencialmente estabelecida em cenários tradicionais, como é o casa de casas de espetáculos, teatros ou palácios. Contemporaneamente, no entanto, o que se vê é uma tomada de lugares antes explorados, temos como exemplo os hospitais, igrejas, ruas e escolas.

Diferente do que geralmente ocorre, essa prática não deve ser abordada apenas por um único estilo ou a fim de aprender/decorar uma coreografia específica. Muito além disso, a abordagem da linguagem corporal na escola deve ser feita de modo a estudar o contexto das danças, a história, além de questioná-las como fenômenos passíveis de transformação e mudanças. As crianças precisam sentir-se interessadas naquele conteúdo a ser trabalhado, para isso o princípio lúdico do ensino das danças deve ser colocado à prova.

Não pode-se esquecer, também, de enfatizar que estamos lidando com artefatos culturais, esses que expressam grande parte da realidade em que estão inseridos. O caráter socio-histórico há de ser analisado com os alunos da maneira mais racional possível, tentando questionar quais foram os pontos que chamaram atenção, quais as possíveis diferenças nas leituras que foram feitas e tentar interpretar quais experiências as crianças têm relacionadas com determinas danças.

"Para que a abordagem das danças nas escolas seja satisfatória, pensando em todos os aspectos aqui discutidos, há de se compreender que a produção cultural só será possível juntamente com os alunos se o processo didático for elaborado de modo a contemplar a prática e a teoria, isso com leituras, pesquisas, discussões e também com vivências, experimentações, criatividade etc.

No contexto pedagógico, a apreciação como ato de criação, e não como atitude passiva ou olhar conformado que apenas reproduz, é acompanhada de uma ressignificação, de uma apropriação. É por isso que as crianças devem ser estimuladas a criar as próprias danças e experimentar a sensação de dançá-las." (NEIRA, 2014, p. 74)

AADANCE3.jpg

Essa experimentação será realmente significativa se o educador conseguir trabalhar as danças baseando o aprendizado das crianças a uma prática capaz de fazer com que todos participem, brinquem e se divirtam, sempre pensando na coletividade e na convivência inclusiva.


Temos mais imagens em nossa galeria, confira!



Referência bibliográfica:

NEIRA, M. G. “As danças na escola”, “Orientações Didáticas” e “Relato de Experiência”. In: Práticas corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas. São Paulo: Melhoramentos, 2014. p. 66-86.


 
 
 

Comments


© 2015 - São Paulo/SP

bottom of page